


Foram os gregos que criaram os primeiros salões de cabeleireiro (koureia), em Atenas, construídos sobre a praça pública, o Ágora. Lá, os Kosmetes ou "Embelezadores de Cabelo", escravos especiais, circulavam soberanos. Os escravos cuidavam dos homens e as escravas das mulheres. Vemos que os cabelos, em particular, tiveram o privilégio de um espaço próprio.

No século II AC, na Grécia antiga, para encontrar um verdadeiro penteado requintado era conveniente dar asas à imaginação e ir até ao topo do Olimpo: espaço reservado aos deuses e deusas.




Se antes existiam particularidades regionais, a partir de Luís XIV, a moda francesa dominou todas as civilizações.

No começo do século XVIII, as mulheres casadas usavam uma touca para esconder os cabelos e somente o marido delas poderia ver seus cabelos soltos. Maria Madalena, a pecadora, foi sempre representada com cabelos longos e soltos, ao contrário das Santas, que usavam toucas ou presos.

Jornais de moda, nos séculos XVIII e XIX, divulgavam os estilos por toda a Europa. Seguia-se o exemplo das casas reinantes de Paris e Viena, e também de todas elites européias. Os primeiros cabeleireiros para senhoras foram os Coiffures parisienses, Leonard, Autier e Legros Rumigny, que prestavam seus serviços à Rainha Maria Antonietta e recebiam altos salários.
Contudo, foi no século XX que a moda dos cabelos aliou-se à tecnologia . A pesquisa científica sobre cabelos começou quando a higiene pessoal se tornou um meio de prevenir o acúmulo de piolhos e sujeira, que ficavam escondidos sob as perucas, pós, perfumes e poções que vinham sendo usados pelo homem.


Com o advento da eletricidade, em 1906, Charles Nestle (Londres), inventou a máquina de fazer ondas permanentes nos cabelos. Mesmo levando aproximadamente 10 horas para concluir o processo de ondulação permanente dos cabelos, poupou as mulheres de incontáveis horas usando o ferro quente para fazer ondas

No ano seguinte, um estudante de química francês, Eugene Schuller, fundou a empresa L'Oreal, criando uma tintura para cobrir os cabelos grisalhos com cores naturais e usando um processo permanente.

Quando nos anos 20, a moda exigia cabelos "a la garçonne", os partidários do cabelo comprido polemizaram que cabelo curto era vergonha para a mulher. Entretanto, as mulheres, cada vez mais envolvidas na sociedade e no trabalho, não mais admitiam seguir tradições que remontavam à Idade Média. Depois do fim da I Guerra Mundial, o corte de cabelo "Joãozinho" para as mulheres (cabelos bem curtos como os de homem) foi considerado escandaloso, mas ganhou popularidade devido à sua praticidade
O advento do cinema na década de 20 trouxe novos padrões de moda para os cabelos. As mulheres de todo o mundo rapidamente adotaram os estilos e cores das atrizes de Hollywood.

A moda masculina de cabelos não mudou radicalmente na primeira metade do século XX, prevalecendo o "look clean" que tinha a influência militar das duas guerras mundiais.

Elvis Presley ajudou a mudar isso com as suas costeletas compridas e o topete brilhante. Mas, foram os Beatles que, pela primeira vez em muitas décadas, tornaram novamente populares os cabelos mais compridos para homens.

Na década de 60 também houve mudanças no estilo dos cabelos das mulheres, com o retorno dos cabelos lisos e de corte simétrico, criado pelo cabeleireiro inglês Vidal Sassoon.

A partir da década de 70, houve ampla aceitação de estilos variados tanto para homens quanto para mulheres, desde os cabelos soltos e naturais até o estilo "punk".
Seja por superstição, por costume, ou por vaidade, a verdade é que o ser humano sempre dispensou, e continua dispensando, grande atenção a essa parte do corpo. Hoje, porém, nós, homens e mulheres, podemos contar com um imenso arsenal para nos ajudar nessa tarefa.

Compridos ou curtos, lisos, crespos ou ondulados, qualquer que seja a cor ou o seu estilo de cabelos, o importante é manter a saúde deles, a saúde da nossa pele.
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